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A Sentinela do Pampa

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A ave também é conhecida por tetéu, téu-téu, terém-terém e espanta-boiada. Pertence à ordem dos Ciconiiformes (anteriormente Charadriiformes) e à família dos Charadriidae. Em espanhol é conhecido por tero común e em inglês, Southern Lapwing. O nome é uma onomatopéia de seu canto característico. O quero-quero, típico da América do Sul, é encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.

O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.

Rui Barbosa, em 1914, incluiu-o num discurso célebre pela vivacidade maliciosa e originalidade da sátira. Evocou a “figura imperatória do quero-quero, o chantecler dos potreiros. Este pássaro curioso, a que a natureza concedeu o penacho da garça real, o vôo do corvo e a laringe do gato, tem o dom de encher os descampados e sangas das macegas e canhadas com o grito estrídulo, rechinante, profundo, onde o gaúcho descobriu a fidelíssima onomatopéia que o batiza”.

A Lei n 7.418, de 1º de dezembro de 1980 institui o quero-quero (Venellus chilensis) como a ave símbolo do Estado do Rio Grande do Sul.

A lenda do quero-quero

Quando a Sagrada Família fugia para o Egito, com medo das espadas dos soldados do Rei Herodes, muitas vezes precisou se esconder no campo, quando os perseguidores chegavam perto.

Numa dessas vezes, Nossa Senhora, escondendo, o Divino Piá, pediu a todos os bichos que fizessem silêncio, que não cantassem, porque os soldados do rei podiam ouvir e vir da fé.
Todos obedecem prontamente, mas o quero-quero, não: queria porque queria cantar. E dizia: Quero! Quero! Quero!

Para castigo de ser tão inconveniente, o quero-quero acabou ficando cantando daquela maneira para sempre, alertando sem descanso o lugar onde é encontrado.

*Fontes:
Wikipédia
Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul - Antonio Augusto Fagundes
Estórias e Lendas do Rio Grande do Sul - Barbosa Lessa; Gráfica EDIGRAF Ltda; SP

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