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Praça em Santo Ângelo expõe origens das Missões

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Depois de quatro anos de reforma em ponto turístico de Santo Ângelo, Centro Histórico do município será inaugurado sábado

Uma praça renovada com bancos, brinquedos para crianças e árvores - mas nem por isso convencional - será apresentada sábado à população de Santo Ângelo, nas Missões. Durante quatro anos, a prefeitura se dedicou a remodelar a Praça Pinheiro Machado, localizada no Centro Histórico, onde foi erguido o povoado no século 18 que deu origem ao município de 75 mil habitantes.

Há três séculos, a praça era o local de lazer dos moradores da redução jesuítico-guarani (leia quadro ao lado) localizada onde hoje está a Catedral Angelopolitana.

Revitalizado, o local está identificado com suas origens. Ganhou pisos que são réplicas dos encontrados dos povoados missioneiros, arcos que representam as 30 reduções fundadas pelos padres jesuítas na América do Sul e um sino de bronze com inscrições na língua guarani.

- A praça antes não remetia à questão histórica. Servia para encurtar caminho e de ponto de encontro das pessoas. Ali foi o início de Santo Ângelo. As mudanças agregaram valor turístico, e nosso principal produto turístico é a história - comenta o arquiteto Paulo Tissot, responsável técnico pelo projeto.

A entrada é solene. Pelo lado sul, o visitante ingressa por um pórtico que tem no alto a escultura de anjo em bronze. Era por ali que se ingressava no povoado missioneiro do passado. A praça foi revitalizada depois de consulta a entidades sobre quais mudanças poderiam ser feitas.

Museu a céu aberto próximo à catedral

No entorno da catedral, há um museu a céu aberto com fragmentos da redução de Santo Ângelo Custódio. Revelados em escavações no início das obras, os resquícios do antigo povoado podem ser vistos em nove janelas arqueológicas, cobertas com vidro anti-impacto. Estão à mostra parte das fundações da torre da primeira igreja e da entrada do pátio que dava acesso aos dormitórios dos padres e ao colégio jesuítico. Também pode ser observado o piso original de cerâmica do antigo templo.

Professora de História de Giruá, Elizandra Aristimunho conferiu ontem as modificações na praça. Ela já planeja levar seus alunos ao local:

- Ensinamos na sala de aula sobre as reduções, nada melhor que aprender com a prática, visualizando a praça. O local ficou com mais atrativos.

Antes da reforma, a praça tinha como atrativo jacarés que viviam no lago. Por orientação de órgãos ambientais, os animais foram retirados. A praça também ganhou um toque místico. Há um local de oferendas e uma fonte de purificação.

silvana.castro@zerohora.com.br
SILVANA DE CASTRO | Missões/Casa Zero HoraJustificar
As reduções
- No século 17, os padres jesuítas iniciaram um processo de catequização de povos indígenas
- Os povos missioneiros se organizaram num conjunto de mais de 30 reduções, situadas em áreas hoje pertencentes ao Brasil, à Argentina e ao Paraguai
- As reduções eram formadas por igreja, praça central e escola, além de moradias de padres e índios
- Os jesuítas desenvolveram a arte e a música entre os guaranis, que também aprenderam técnicas de metalurgia, agricultura e tipografia

Fonte Zero Hora e Chasque Pampeano.
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