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80 anos de tradição

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A São Francisco, uma das mais tradicionais cabanhas brasileiras de cavalos Crioulos comemorou seus 80 anos de atividades com um remate especial realizado no início de abril em sua sede, em Bagé (RS), e transmitido ao vivo pela internet. Em 14 de julho de 1930, Belisário Sá Sarmento ali se estabeleceu e passou a viver na aconchegante casa onde também se criaram seus filhos, netos e bisnetos. Em agosto do mesmo ano, ele adquire na Exposição do Prado, em Montevidéu, o garanhão Mozo Vivo, que um mês depois dava início à formação das manadas da cabanha, antes mesmo da criação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, fundada dois anos mais tarde. Em 1931, nasce seu primeiro descendente, Barão Chico, inscrito com o RP 01 na Associação de Registro Genealógico Sul-Riograndense, fruto do acasalamento com Baroneza Chico, RP 01 das éguas base da estância, que morreu aos 19 anos e foi notícia na seção necrológica dos anais da associação em julho de 1939.

O selecionador, que teve a sensibilidade de deixar registrado num grande livro dados sobre os acasalamentos e premiações de cada exemplar, fez importantes aquisições nas décadas de 40 e 60 na Argentina, como Estraño Guampa, que deixou uma descendência muito grande, e um grupo de 33 éguas das melhores correntes genéticas da época, servidas de grandes campeões de Palermo. “A partir daí tivemos um impulso maior em nossa genética, qualitativamente e quantitativamente”, explica Manuel Rossel Sarmento, ou apenas Lito, como é mais conhecido, a quem Belisario passou o comando das manadas da família em 1952, já que era o filho mais velho. também foram usados muitos pais nacionais e também uruguaios até o aporte do primeiro sangue chileno, em 1989, através de Idahue Papito. três anos mais tarde foi incorporado à manada o Bocal de Prata Campana Guasquero, cavalo muito equilibrado de morfologia e funcionalidade e de ótimo temperamento, características indispensáveis à seleção da São Francisco.
“Hoje, usamos basicamente cavalos próprios, produzidos com pais de fora sobre linhas maternas nossas,como Romancero (CRt Guapo), Habanero (Bt Juruna) e Cotizado (Chicão de Santa odessa),” acrescenta Manuel Luis Sarmento, filho de Lito e responsável pelos acasalamentos do criatório.

Com cerca de 150 éguas em cria, o número do RP deve chegar a 1400 com a produção deste ano, distribuídos entre os cinco afixos da família, administrados respectivamente por Lito Sarmento, seu irmão Renato, seus filhos Manuel Luis e Marcelo, e seus netos Manuel e Luísa, que também levam no sangue o gosto pelos cavalos e são a garantia da continuidade da seleção. Lito Sarmento destaca dois fatos marcantes na história da São Francisco: a homenagem prestada pela Associação Uruguaia de Criadores de Cavalos Crioulos aos representantes das três gerações da família que aturam como jurados na Exposição do Prado, em Montevidéu – Belisario, Lito e Manuel Luis –, e as cenas finais da minissérie A Casa das Sete Mulheres, gravadas nos campos da estância. Outro feito citado por ele foi a venda de Pretencioso Chico para um criatório uruguaio em 1942, tornando-se o primeiro cavalo a ser vendido para fora do Brasil.

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