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Chora Viola ! Por Bruno Grossi

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Chora Viola!

Fala galera!

Para minha surpresa, dia 03 de junho, meu aniversário, ganhei de minha esposa uma viola! Cinturada. Linda. Como eu já estava no clima desta cultura, foi providencial para dar início aos meus estudos sobre este encantado instrumento de 10 cordas e seus mistérios.

Neste mundão brasileiro afora a cultura musical é sem limites e muitos ritmos e instrumentos passam despercebido, um instrumento essencial para a formação da cena musical nacional é a viola, que talvez seja o instrumento mais importante da cultura brasileira.

Sem dúvidas, a viola é tão enraizada no Brasil que desde muitos anos é presente em quase todas as festas regionais nos interiores dos mais diversos estados. Festas pequenas e também festas de renome nacional. Cito abaixo algumas:

"Fandango"








O termo Fandango designa uma série de danças populares - chamadas “marcas”. No Paraná, os dançadores, executam as variadas coreografias: Anu, Andorinha, Chimarrita, Tonta, Cana-verde, Caranguejo, Vilão de Lenço, Xarazinho, Xará Grande, Sabiá, Marinheiro, etc. O acompanhamento musical é feito com duas violas, uma rabeca e um pandeiro rústico, chamado adufo. As coreografias das “marcas” paranaenses constam de rodas abertas ou fechadas, uma grande roda ou pequenas rodas fileiras opostas, pares soltos e unidos. Os passos podem ser valsados, arrastados, volteados, etc., entremeados de palmas e castanholar de dedos. O sapateado vigoroso é feito somente pelos homens, enquanto as mulheres arrastam os pés e dão volteios soltos.

No Rio Grande do Sul, o Fandango apresenta um conjunto de vinte e uma danças, com nomes próprios: Rancheiro, Pericom, Maçarico, Pezinho, Balaio, Tirana-do-lenço, Quero-mana, Tatu, etc. O acompanhamento musical é feito pelo acordeão, chamado “gaita”, e pelo violão. A coreografia recebe nomes também distintos - “Passo de juntar”, “Passo de marcha”, “Passo de recurso”, “Passo de valsa”, “Passo de rancheira”, “Sapateio”, etc.


"Catira ou Cateretê"








É executada exclusivamente por homens, or-ganizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de uma delas fica o vio-leiro que tem à sua frente o seu “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria. O início é dado pelo violeiro que toca o “ras-queado”, para os dançadores fazerem a “escova”- batepé, bate-mão, pulos. Prossegue com os cantadores iniciando uma moda de viola. Os músicos inter-rompem a cantoria e repetem o rasqueado.Os dançadores reproduzem o bate-pé, o bate-mão e os pulos.

Vão alternando a moda e as batidas de pé e mão. Acabada a moda, os catireiros fazem uma roda e giram batendo os pés alter-nados com as mãos: é a figuração da “serra acima”; fazem meia-volta e repe-tem o sapateiro e as palmas para o“serra abaixo”, terminando com os dança-dores nos seus lugares iniciais. O Catira encerra com Recortado: as fileiras trocam de lugar, fazem meio-volta e retornam ao ponto inicial. Neste momen-to todos cantam o “levante”, que varia de grupo para grupo. No encerramento do Recortado os catireiros repetem as batidas de pés, mãos e pulos.


"Folia-de-Reis"








É executada exclusivamente por homens, or-ganizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de uma delas fica o vio-leiro que tem à sua frente o seu “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria. O início é dado pelo violeiro que toca o “ras-queado”, para os dançadores fazerem a “escova”- batepé, bate-mão, pulos. Prossegue com os cantadores iniciando uma moda de viola. Os músicos inter-rompem a cantoria e repetem o rasqueado.Os dançadores reproduzem o bate-pé, o bate-mão e os pulos. Grupo que se apresenta no ciclo natalino, rememora a viagem dos três reis do oriente a Belém. Visitam casas de amigos e devotos onde cantam passagens religiosas. Autodenominados foliões, os componentes se organizam numa hierarquia composta pelo Mestra, Contramestre, Bandeireiro, Músicos e Cantores. Há ainda os Palhaços, mascarados que representam a parte profana deste ritual religioso.

Apresentam-se no interior das casas de devotos entoando quadras, acompanhadas por viola, violão sanfona, rabeca, vários tambores, triângulo e chocalho. Após a cantoria, os donos da casa oferecem dinheiro, comidas e bebidas. O encerramento do ciclo (6/1) costuma ser no interior de uma igreja onde haja presépio.


"Congada"








A semelhança dos Congos nordestinos, liga-se à coroação do rei congo e à rememoração de lutas políticas angolanas. Organizaram-se a partir das irmandades do Rosário, criadas e mantidas pelos negros à época da escravidão. São grupos votivos, associados às festas de Nossa Senhora do Rosário e S. Benedito.

Parte central do auto é a Embaixada, duelo verbal de clamado. Anuncia-se com um bailado, segue-se o recado do Embaixador, dança e cena de luta do enviado com os guerreiros do monarca visitado. Essas embaixadas seriam procedentes da diplomacia africana, segundo Câmara Cascudo.


"Bumba-meu-boi"












Com estruturas e denominações variadas, apresenta-se no carnaval. O Boizinho (RS) tem o enredo de morte e ressurreição do animal. Os componentes do grupo são o Doutor, o Boiadeiro, um Cavalo verdadeiro e os músicos. O Boi-de-mamão (PR, SC) enfoca o mesmo enredo, com número maior de integrantes: Cavaleiro, Urubu, Urso, Anão, Maricota, Vaqueiro, Mateus, Médico, Benzedeira, além da Bernúncia e seu marido, o Barão, figuras exclusivas desse grupo.


"Maracatu"








Cortejo derivado dos festividades da coroação do Rei Congo. Perdida a unção religiosa, deslocou-se para o carnaval. Seus personagens principais são Rei, Rainha, Príncipe, Princesa, Vassalos, Índios, Dama-do-paço. O ritmo contagiante é executado em variados tambores e agogôs.

A viola foi o primeiro instrumento a chegar ao país e é o mais popular do Brasil. Ela é a precursora e que deu origem a quase todos os ritmos que temos hoje em dia. Suas 10 cordas produzem uma qualidade sonora e uma regionalidade impressionante que encanta os mais broncos corações. Em partes, a viola sofre um grande preconceito por ter a palavra “caipira” ao seu lado. Porém, este instrumento volta a crescer através de nomes como Almir Sater, Renato Teixeira, Sérgio Reis, Rolando Boldrin entre outros músicos.

Almir Sater




Sérgio reis





Renato Teixeira




Rolando Boldrin





Muitos músicos da “velha guarda” e os “contemporâneos” levam este instrumento como uma maravilha nacional para as mais diversas culturas mundiais, cravando o nome da viola e do Brasil na cena musical.



No próximo texto conto a chegada da viola no Brasil. Aguardem para saber mais sobre este acontecimento.

Grande abraço e Viva a Viola!!!


Colaboração:


:: BEGÊ ILUSTRADOR ::
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