{[['
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']]}Sete autores, um dos quais argelino, escreveram o livro «Manuel Teixeira Gomes – Ofício de Viver», que é uma espécie de biografia do mais ilustre portimonense, que foi empresário, diplomata, escritor, viajante e um dos primeiro Presidentes, quando a República dava os seus mal seguros passos iniciais.
Como lembraria Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, no lançamento do livro – que decorreu a 27 de Maio, na data em que se assinalavam os 150 anos do nascimento de MTG - «ofício, em latim, tem também o significado de celebrar. Por isso, este livro “Ofício de Viver” é também o celebrar da vida» de Teixeira Gomes.
Graça Ventura, coordenadora da obra e uma das suas autoras, salientou que o livro se destina a «corrigir o silêncio que existe na historiografia portuguesa» sobre MTG, mas também a «explorar os seus territórios mais íntimos».
A investigadora e presidente do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica (ICIA), que edita o livro a par da Câmara de Portimão, sublinhou a nova relação entre Portugal e a Argélia, entre Portimão – a cidade onde Teixeira Gomes nasceu - e Béjaia – onde morreu -, «duas cidades ribeirinhas que respiram uma atmosfera comum, que partilham a memória de um português que foi pioneiro do interculturalismo, um valor que hoje é muito importante».
É também neste âmbito do interculturalismo que o ICIA se move e que agora vai estreitar relações com a associação cultural dirigida por Djamil Aïssani, o professor universitário argelino que é autor de um dos textos deste «Ofício de Viver».
Djamil Aïssani, que veio pela primeira vez a Portugal para a apresentação da obra, salientou o estreitar das relações entre a Argélia e o nosso país, tendo precisamente por base a figura e a obra de Manuel Teixeira Gomes.
E recordou que o Presidente da República Mário Soares, então integrado numa missão da ONU, visitou Béjaia (a antiga Bougie dos tempos do exilado portimonense) e em especial o quarto nº13 do Hotel Étoile, onde MTG viveu e morreu. Foi um primeiro passo.
Depois, na Expo 98, em Lisboa, a Argélia apresentou um filme sobre o exílio de MTG naquela cidade da costa magrebina, usando politicamente «a estadia de Manuel Teixeira Gomes para fortalecer os laços de amizade da Argélia com Portugal».
Em 2006, o Presidente da República Jorge Sampaio visitou Béjaia e aí inaugurou uma estátua dedicada ao exilado MTG, que passou também a dar nome a uma escola secundária nesta cidade argelina.
E, salientou Djamil Aïssani, «dar o nome de um estrangeiro a uma escola na Argélia foi muito, muito difícil».
Nos últimos tempos, os laços entre Portimão e Béjaia têm vindo a estreitar-se. Ainda há poucos meses o maire (presidente da Câmara) daquela urbe do Norte de Africa visitou a cidade algarvia, prevendo-se que a geminação seja definitivamente assinalada em Outubro próximo, quando uma comitiva portimonense visitar Béjaia.
Será a 18 de Outubro, data da morte de Teixeira Gomes no seu exílio argelino.
Djamil Aïssani acrescentou que há «oportunidades» para estreitar ainda mais os laços. Em 2011, por exemplo, a cidade argelina de Tlemcen será capital da cultura islâmica e isso será aproveitado para «dar a conhecer os escritos de Manuel Teixeira Gomes sobre essa cidade».
Para consolidar ainda mais estes laços que agora se entretecem entre «duas culturas, dois povos, duas cidades», a Embaixada da Argélia em Portugal já apresentou uma proposta para traduzir o livro «Manuel Teixeira Gomes – Ofício de Viver» para «árabe e/ou francês», o que, na opinião de Graça Ventura, seria «a concretização desse diálogo que queremos estabelecer».
O livro, editado pela Tinta da China e ilustrado com imagens das primeiras décadas do século XX, «foi uma surpresa em vários sentidos», por aquilo que revela da personalidade de Teixeira Gomes.
Foi uma surpresa para os autores - Maria da Graça Mateus Ventura, Ana Cristina Oliveira, Jorge Afonso, José Pacheco, Mário Machado Fraião, Paulo Girão e Djamil Aïssani -, que investigaram as várias facetas da vida e obra, mas sê-lo-á também para os leitores.
do http://www.barlavento.online.pt
Como lembraria Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, no lançamento do livro – que decorreu a 27 de Maio, na data em que se assinalavam os 150 anos do nascimento de MTG - «ofício, em latim, tem também o significado de celebrar. Por isso, este livro “Ofício de Viver” é também o celebrar da vida» de Teixeira Gomes.
Graça Ventura, coordenadora da obra e uma das suas autoras, salientou que o livro se destina a «corrigir o silêncio que existe na historiografia portuguesa» sobre MTG, mas também a «explorar os seus territórios mais íntimos».
A investigadora e presidente do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica (ICIA), que edita o livro a par da Câmara de Portimão, sublinhou a nova relação entre Portugal e a Argélia, entre Portimão – a cidade onde Teixeira Gomes nasceu - e Béjaia – onde morreu -, «duas cidades ribeirinhas que respiram uma atmosfera comum, que partilham a memória de um português que foi pioneiro do interculturalismo, um valor que hoje é muito importante».
É também neste âmbito do interculturalismo que o ICIA se move e que agora vai estreitar relações com a associação cultural dirigida por Djamil Aïssani, o professor universitário argelino que é autor de um dos textos deste «Ofício de Viver».
Djamil Aïssani, que veio pela primeira vez a Portugal para a apresentação da obra, salientou o estreitar das relações entre a Argélia e o nosso país, tendo precisamente por base a figura e a obra de Manuel Teixeira Gomes.
E recordou que o Presidente da República Mário Soares, então integrado numa missão da ONU, visitou Béjaia (a antiga Bougie dos tempos do exilado portimonense) e em especial o quarto nº13 do Hotel Étoile, onde MTG viveu e morreu. Foi um primeiro passo.
Depois, na Expo 98, em Lisboa, a Argélia apresentou um filme sobre o exílio de MTG naquela cidade da costa magrebina, usando politicamente «a estadia de Manuel Teixeira Gomes para fortalecer os laços de amizade da Argélia com Portugal».
Em 2006, o Presidente da República Jorge Sampaio visitou Béjaia e aí inaugurou uma estátua dedicada ao exilado MTG, que passou também a dar nome a uma escola secundária nesta cidade argelina.
E, salientou Djamil Aïssani, «dar o nome de um estrangeiro a uma escola na Argélia foi muito, muito difícil».
Nos últimos tempos, os laços entre Portimão e Béjaia têm vindo a estreitar-se. Ainda há poucos meses o maire (presidente da Câmara) daquela urbe do Norte de Africa visitou a cidade algarvia, prevendo-se que a geminação seja definitivamente assinalada em Outubro próximo, quando uma comitiva portimonense visitar Béjaia.
Será a 18 de Outubro, data da morte de Teixeira Gomes no seu exílio argelino.
Djamil Aïssani acrescentou que há «oportunidades» para estreitar ainda mais os laços. Em 2011, por exemplo, a cidade argelina de Tlemcen será capital da cultura islâmica e isso será aproveitado para «dar a conhecer os escritos de Manuel Teixeira Gomes sobre essa cidade».
Para consolidar ainda mais estes laços que agora se entretecem entre «duas culturas, dois povos, duas cidades», a Embaixada da Argélia em Portugal já apresentou uma proposta para traduzir o livro «Manuel Teixeira Gomes – Ofício de Viver» para «árabe e/ou francês», o que, na opinião de Graça Ventura, seria «a concretização desse diálogo que queremos estabelecer».
O livro, editado pela Tinta da China e ilustrado com imagens das primeiras décadas do século XX, «foi uma surpresa em vários sentidos», por aquilo que revela da personalidade de Teixeira Gomes.
Foi uma surpresa para os autores - Maria da Graça Mateus Ventura, Ana Cristina Oliveira, Jorge Afonso, José Pacheco, Mário Machado Fraião, Paulo Girão e Djamil Aïssani -, que investigaram as várias facetas da vida e obra, mas sê-lo-á também para os leitores.
do http://www.barlavento.online.pt