{[['']]}
Como era chamado Honório Lemes
HISTORIA DO RIO GRANDE DO SUL
Por Manoelito Carlos Savaris
TU SABIAS?
Tu sabias como era chamado Honório Lemes?
A ele é atribuída a frase: “Quero leis que governem homens e não homens que governem leis”. Honório Lemes da Silva nasceu no dia 23 de setembro de 1864 em Cachoeira do Sul. Foi criado no distrito de Barro Vermelho. Aos 12 anos foi morar em Rosário do Sul.
Cresceu ouvindo historias sobre revoluções e citações de nomes como o de Gaspar Silveira Martins. De estatura mediana, tinha traços mestiços e fala estropiada. Foi tropeiro. Pai de cinco filhos, todos eles combatentes na Revolução de 1923, participou da Revolução federalista, iniciando como oficial subalterno na forca federalista de Manoel Machado, que o haveria de cognominar de “Leão do Caverá”, chegou a coronel.
Realizado o pleito eleitoral de 1922, Borges de Medeiros resultou reeleito Presidente do Estado, pela quinta vez, derrotando “os libertadores” – federalistas remanescentes e republicanos descontentes – formando a Aliança Libertadora comandada por Assis Brasil. Houve fraude eleitoral disseram os partidários de Assis Brasil. A luta armada eclodiu. Os lenços colorados – maragatos – contra os lenços brancos – chimangos (assim denominados os pica-paus, depois da divulgação do poemeto satírico de Ramiro Barcelos, “Antonio Chimango”).
Honório Lemes, maragato convicto, assumiu o comando das forcas rebeldes da Fronteira Sudoeste. Sua primeira ação, partindo da Serra do Caverá, foi invadir Alegrete, o que ocorreu no dia 23 de março de 1923.
De Alegrete, Honório Lemes avançou contra Uruguaiana com 2.000 rebeldes, mas depois de três dias de cerco (3 a 5 de abril de 23), tentando quebrar a resistência comandada pelo Intendente Flores da Cunha, o caudilho desistiu e retrocedeu para Alegrete. Pressionado pelas forcas governistas comandadas por Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e do Cel. Claudino Nunes Pereira, o chefe maragato deixou Alegrete e se embrenhou nos labirintos da Serra do Caverá. Ocorreram vários pequenos combates nos dias que se seguiram.
O combate do rio Santa Maria Chico, marcou a morte do mas famoso dos degoladores de 93, conforme escreveu Flores da Cunha: “Entre os rebeldes mortos estava o Cel. Adão Latorre, uruguaio de nascimento e veterano federalista da campnah de 1893, em que se celebrizara tristemente pela degolas do Rio Negro. Apresentava aspectos de avançada idade.”
Depois de variows meses de escaramuças, inclusive com uma marcha até a regiao missioneira, Honório Lemes reúne-se com os demais comandantes revolucionários em Pedras Altas, município de Pinheiro Machado. Entre os maragatos reunidos para tratar da proposta de pacificação apresentada pelo Marechal Setembrino de Carvalho, enviado ao sul pelo Presidente da Republica, para tentar a pacificação, encontramos: General Menna Barreto, General Estácio Azambuja, General Zeca Neto, Dr. Assis Brasil, Pecuarista Ângelo Pinheiro Machado, General Leonel Rocha, General Felipe Portinho e Coronel Chiquinote Pereira.
Finalmente, no dia 14 de dezembro de 1923, no Castelo de Pedras Altas, residência de Assis Brasil, foi firmada a paz e lavrada uma ata que, a 17, recebia, em solenidade no palácio do governo, a assinatura de Borges de Medeiros.
Vamos encontrar Honório Lemes envolvido na Revolução de 1924, que deu origem à “Coluna Prestes” – movimento de abrangência nacional que pretendia depor o Presidente da Republica, Arthur Bernardes – na qual também se envolveu Zeca Neto. Essa revolta durou pouco e em dezembro de 1924, Honório e Zeca, cada um com pouco mais de 100 combatentes, imigraram para o Uruguai.
Em 1925 o caudilho Tentou nova revolução, mas sem apoio, seu intento durou somente 10 dias e lhe custou a prisão. Ficou preso até 1927, quando foi anistiado.
O “Leão do Caverá”, ou “Tropeiro da Liberdade”, ou “Raposa das Coxilhas”, codinomes pelo qual era conhecido, o lendário federalista Honório Lemes faleceu aos 66 anos de idade, pobre e humildemente, em seu rancho, nas terras da estância do Sr. Bernardino Domingues, em Rosário do Sul, a 30 de setembro de 1930.
Fonte: Pozzobon, Zola Franco. Como dizia Honório Lemos. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997.
Colaboração Hilton Araldi
O Prosa Galponeira já havia feito uma matéria sobre o Honorio Lemes, relembre.
HISTORIA DO RIO GRANDE DO SUL
Por Manoelito Carlos Savaris
TU SABIAS?
Tu sabias como era chamado Honório Lemes?
A ele é atribuída a frase: “Quero leis que governem homens e não homens que governem leis”. Honório Lemes da Silva nasceu no dia 23 de setembro de 1864 em Cachoeira do Sul. Foi criado no distrito de Barro Vermelho. Aos 12 anos foi morar em Rosário do Sul.
Cresceu ouvindo historias sobre revoluções e citações de nomes como o de Gaspar Silveira Martins. De estatura mediana, tinha traços mestiços e fala estropiada. Foi tropeiro. Pai de cinco filhos, todos eles combatentes na Revolução de 1923, participou da Revolução federalista, iniciando como oficial subalterno na forca federalista de Manoel Machado, que o haveria de cognominar de “Leão do Caverá”, chegou a coronel.
Realizado o pleito eleitoral de 1922, Borges de Medeiros resultou reeleito Presidente do Estado, pela quinta vez, derrotando “os libertadores” – federalistas remanescentes e republicanos descontentes – formando a Aliança Libertadora comandada por Assis Brasil. Houve fraude eleitoral disseram os partidários de Assis Brasil. A luta armada eclodiu. Os lenços colorados – maragatos – contra os lenços brancos – chimangos (assim denominados os pica-paus, depois da divulgação do poemeto satírico de Ramiro Barcelos, “Antonio Chimango”).
Honório Lemes, maragato convicto, assumiu o comando das forcas rebeldes da Fronteira Sudoeste. Sua primeira ação, partindo da Serra do Caverá, foi invadir Alegrete, o que ocorreu no dia 23 de março de 1923.
De Alegrete, Honório Lemes avançou contra Uruguaiana com 2.000 rebeldes, mas depois de três dias de cerco (3 a 5 de abril de 23), tentando quebrar a resistência comandada pelo Intendente Flores da Cunha, o caudilho desistiu e retrocedeu para Alegrete. Pressionado pelas forcas governistas comandadas por Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e do Cel. Claudino Nunes Pereira, o chefe maragato deixou Alegrete e se embrenhou nos labirintos da Serra do Caverá. Ocorreram vários pequenos combates nos dias que se seguiram.
O combate do rio Santa Maria Chico, marcou a morte do mas famoso dos degoladores de 93, conforme escreveu Flores da Cunha: “Entre os rebeldes mortos estava o Cel. Adão Latorre, uruguaio de nascimento e veterano federalista da campnah de 1893, em que se celebrizara tristemente pela degolas do Rio Negro. Apresentava aspectos de avançada idade.”
Depois de variows meses de escaramuças, inclusive com uma marcha até a regiao missioneira, Honório Lemes reúne-se com os demais comandantes revolucionários em Pedras Altas, município de Pinheiro Machado. Entre os maragatos reunidos para tratar da proposta de pacificação apresentada pelo Marechal Setembrino de Carvalho, enviado ao sul pelo Presidente da Republica, para tentar a pacificação, encontramos: General Menna Barreto, General Estácio Azambuja, General Zeca Neto, Dr. Assis Brasil, Pecuarista Ângelo Pinheiro Machado, General Leonel Rocha, General Felipe Portinho e Coronel Chiquinote Pereira.
Finalmente, no dia 14 de dezembro de 1923, no Castelo de Pedras Altas, residência de Assis Brasil, foi firmada a paz e lavrada uma ata que, a 17, recebia, em solenidade no palácio do governo, a assinatura de Borges de Medeiros.
Vamos encontrar Honório Lemes envolvido na Revolução de 1924, que deu origem à “Coluna Prestes” – movimento de abrangência nacional que pretendia depor o Presidente da Republica, Arthur Bernardes – na qual também se envolveu Zeca Neto. Essa revolta durou pouco e em dezembro de 1924, Honório e Zeca, cada um com pouco mais de 100 combatentes, imigraram para o Uruguai.
Em 1925 o caudilho Tentou nova revolução, mas sem apoio, seu intento durou somente 10 dias e lhe custou a prisão. Ficou preso até 1927, quando foi anistiado.
O “Leão do Caverá”, ou “Tropeiro da Liberdade”, ou “Raposa das Coxilhas”, codinomes pelo qual era conhecido, o lendário federalista Honório Lemes faleceu aos 66 anos de idade, pobre e humildemente, em seu rancho, nas terras da estância do Sr. Bernardino Domingues, em Rosário do Sul, a 30 de setembro de 1930.
Fonte: Pozzobon, Zola Franco. Como dizia Honório Lemos. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997.
Colaboração Hilton Araldi
O Prosa Galponeira já havia feito uma matéria sobre o Honorio Lemes, relembre.