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Kininho Dornelles fará show em Arroio Grande "20 anos sem Basilio"

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Recebi na última semana, no meu twitter, a informação do cantor nativista e amigo Kininho Dornelles, que o show que será feito por ele na próxima sexta-feira, na Semana Farroupilha do município de Arroio Grande, será em homenagem aos "20 anos sem Basílio".

Com esta informação, aproveito para fazer a divulgação do show do amigo Kininho, e trazer aos leitores do Prosa Galponeira, um pouco da história do Basílio, que gentilmente a amiga (e como a chamo carinhosamente "Tia" Regina Serpa) me forneceu, e segue abaixo.

Particularmente sou fã do Basílio. Mesmo não o tendo conhecido e nem escutado pessoalmente, mais pelas composições que houvi em festivais nativistas, e algumas músicas que tenho, realmente foi um artista fantástico, que tragicamente nos deixou.

Fica aqui o meu muito obrigado a Tia Regina pela colaboração. E os meus PARABÉNS ao Kininho pela iniciativa, ele que cabe salientar, praticamente em todos os seus shows interpreta algumas das composições do Basílio Conceição.

Então, não percam, na próxima SEXTA-FEIRA, 17 de setembro, no ACAMPAMENTO FARROUPILHA de Arroio Grande, Show Kininho Dornelles, em homenagem aos "20 anos sem Basílio".



Basílio para sempre

Basílio Marçal da Conceição, nasceu em Arroio Grande, no dia 10 de maio de 1953. Filho de Vilmar das Neves Conceição e Zilda de Almeida das Neves Conceição, sendo avós paternos Basílio da Conceição Silveira e Joana das Neves Conceição e avós maternos Argemiro Teixeira de Almeida e Plinia Canarin de Almeida. Seus irmãos são: Dagomar, Clarice e Henrique.

Com 7 anos, Basílio, iniciou seus estudos na Escola “20 de Setembro”, onde cursou até a 4ª série. No Ginásio Estadual de Arroio Grande, onde hoje é o “Centro de Cultura Basílio Conceição”, concluiu em 1968 o Curso Ginasial, e após o Curso Científico. Alistou-se no Quartel em 1972, na cidade de Jaguarão.

Casou-se em 29 de janeiro de 1977, com Roselaine Araújo, com quem teve uma filha, Janis Joplin Conceição.

Trabalhou no BANRISUL durante 3 anos. Não gostando da rotina diária, buscava viver o momento presente e sentir de perto a liberdade.

Gostava do convívio dos amigos e dos encontros nos bares, principalmente à noite. Em seus dias de inquietação, que junto a alguns amigos, escreveu em um pedaço de papel: “O pássaro voou” e mandou para o Gerente do Banco, não indo mais trabalhar.

Basílio, tentou ainda dar sentido a sua vida profissional, trabalhando em uma casa Bancária, em Porto Alegre, no entanto, seus dons artísticos, afloravam a vontade de compor e cantar músicas nativistas.

Gostava de tocar violão, violino e gaita de boca, participando sempre das atividades artístico-culturais da comunidade.

Evidenciam-se, assim, as características de músico, cantor e compositor que levaram Basílio a intensificar seus dons e potencialidades no campo da música, passando a partir daí, a aparecer no cenário dos festivais de músicas nativistas.

Basílio participou de vários momentos de integração com os grandes talentos do RS. Era um compositor que conseguia unir a beleza de suas letras com a harmonia de suas músicas.

Basílio deixou uma obra poética musical de inestimável valor, composta de mais de 45 músicas, sendo 14 gravadas em discos de festivais nativistas , muitas delas ganhadoras de 1º lugares e outras tantas inéditas.

Basílio levou o nome de Arroio Grande por todos os recantos do Rio Grande do Sul, divulgando suas músicas entre elas: Vô Basílio, Uma canção pra minha prenda, Vertentes, Os Trovões de Ana Luz, Sangria, Violarei, Groenlândia, Vontades e Atropelos.

Suas canções traduziam a simplicidade, a singeleza e a criatividade em cada verso, quando dizia que: “Não importa quantos ventos vão soprar, nem quantos irão ouvir minhas canções. A mim me bastam as estradas e as estrelas, o meu pingo e a guitarra para ouvir o meu cantar”.

Muitos troféus marcaram a vida artística de Basílio.

Morando no Cassino, podia admirar o mar, que era uma de suas grandes paixões, pois sentia uma enorme atração pela liberdade que as ondas lhe transmitiam.

Basílio usava em suas canções temas como: amor, paixão, ecologia, natureza e o homem do campo, numa variação de ritmos e estilos que fizeram dele uma personalidade digna de respeito e admiração.

Basílio morreu tragicamente, às 2 horas da madrugada do dia 5 de abril de 1990, na BR 392, quando viajava para casa , no Cassino, depois de uma intensa noite de trabalho, quando definia as músicas e intérpretes para a gravação de seu 1º LP – rico em interpretações, arranjos instrumentais e vocais criativos, aliado a execuções musicais impecáveis – o disco registra a verdadeira obra de Basílio Conceição, que ficará para sempre no eco da pampa, tão exaltado pelo compositor .

... a solidão
...não importa mais
não mais...
pois os ventos e as
dunas livres,
inconstantes
vivem sós
como eu
neste chão...
( versos retirados de uma velha agenda de Basílio)
..........................................................

Dados do folder organizado por Lair Corrêa e a Elenice Freitas da Silva ( com o apoio da família do Basílio).
Colaboração "super" especial Regina Serpa.

Esta postagem é de carater exclusivo do blog Prosa Galponeira. Assim, em caso de uso da imagem e do texto na íntegra, creditar: a Ítalo Dorneles - Blog Prosa Galponeira, com a colaboração de Regina Serpa |http://prosagalponeira.blogspot.com
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