A Rádio Que Orgulha o Chão Farrapo!!!
Home » » Cavalgada pela Vida - Artigo

Cavalgada pela Vida - Artigo

{[['']]}
CAVALGADA PELA VIDA

Jabs Paim Bandeira

Na manhã de sábado, por iniciativa de Orlei Carames e Hilton Araldi, com participação dos Cavaleiros do Planalto Médio, Cavaleiros do Mercosul, Brigada Militar, gaúchos e gaúchas da 7ª. Região Tradicionalista, apoio do hospital São Vicente de Paulo, Hospital da Cidade e de Olhos foi realizada uma cavalgada, dentro da cidade de Passo Fundo, a mais solidária, humana, que deu voz a cidadania, tendo como objetivo despertar as pessoas para se cadastrarem como doadores de órgãos. Na ordem de cem participantes a cavalo, chamando a atenção, pelas ruas centrais, com paradas no hospital São Vicente, da Cidade, Academia de Letras, jornais e rádios locais, finalizando na Roselândia. Homens e cavalos, invocando o atavismo histórico, se no inicio da civilização se engajavam com objetivos bélicos, nesta missão, uniram seus esforços, com a finalidade de promover a paz, resgatar a vida, despertar a esperança, como um hino de ternura, cujas estrofes executadas, pelo som das patas de cavalos, que marcavam o asfalto em forma de coração, misturando-se com a voz forte dos gaúchos em dueto com o relincho dos animais, cantavam e humanizavam a vida, chamando a atenção e conclamado a todos para doarem órgãos, salvar pessoas, imortalizando a existência. Hoje são milhares de almas que se encontram na fila a espera de um doador, muitos já não mais existem, não resistiram à espera, sem solução sucumbiram na vala comum da desesperança, no descaso e na falta de solidariedade. Mas por outro lado, confortando nosso movimento, encontramos na frente do Hospital São Vicente um grande número de transplantados que recepcionavam os cavaleiros, com um sorriso no rosto e agradecidos àqueles que lhes deram parte fundamental de seu corpo, ou as famílias que autorizaram a doação de órgãos de entes seus que são saudades, salvando o transplantado, o momento foi marcante. Valeu a pena ter levantado na “madrugadita” encilhado o cavalo e participado do evento. A semente foi lançada, devem ser realizadas outras cavalgadas para municípios vizinhos, ou mesmo para a capital, em cada lugar que passar acordar consciências, convocar um verdadeiro exército da salvação, afim que a ação seja objetivada, no sentido de cadastrar doadores, com auxilio do Hospital São Vicente, Cidade e de Olhos, que farão à parte estrutural e burocrática, disponibilizando pessoal para o cadastramento. É só o começo, esta idéia não pode morrer, outros segmentos têm que se unirem, “ quanto mais foice maior é o roçado”. Colocar a idéia na pratica, promover uma mateada com participação da população e dos cavaleiros, numa concentração, cadastrarem doadores. É importante este renascer, pois quem se dispõe a doar órgãos, ou mesmo a família do doador autorizar, está perpetuando a vida de seu ente querido, salvando o transplantado e o existir de uma parte daquele que se foi, no mais sublime dos gestos que a natureza nos proporciona, de nossa infelicidade, num gesto de grandeza, fazer outras pessoas felizes. O que não deixa de ser uma maneira de melhorar a sobrevivência e humanizar de uma forma palpável a esperança e a solidariedade. Doar órgãos é sem dúvida uma forma de conscientização e do reflexo da cultura de um povo. E o raciocínio é simples, não obstante chocante a primeira vista, pois, ao não autorizarmos a doação, podendo prolongar o existir do transplantado, o que acontecerá com o órgão em nosso corpo já combalido que jaz sob a terra? Não terá qualquer serventia, podendo ser devorado pelos vermes, ou destruído pelas chamas. Qual o caminho mais humano e solidário? Só existe um, o de promover os mecanismos necessários, a fim de assegurar a doação, um ato de amor e de altruísmo do ser humano, que estará com uma parte de seu corpo, contribuindo para o renascer da esperança e o prolongamento de uma existência, com isto, permanecendo presente neste plano, muito além da alma, mas imortalizado na matéria, dizendo não, a um egoísmo sem causa, dizendo sim, a vida, e reinventando o amor, por vezes em uma pessoa estranha, mas que nunca se esquecerá de nossa dádiva, pois estaremos vivos no seu corpo, cantando a vida!

Colaboração das matérias da Cavalgada pela Vida, Hilton Luiz Araldi.
Share this article :

Ouça ao vivo

Curta no Facebook

 
Registrado © 2013. RádioTertúlia.com - Piratini/RS - Todos os direitos reservados