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Viagem de 572 quilômetros para trazer a chama

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Roberto Patta
roberto@gazetadosul.com.br


O trajeto é longo, mas vale tudo em nome da paixão pelo tradicionalismo. Este ano, os Cavaleiros da Integração encaram a maior distância já percorrida para trazer a chama crioula a Santa Cruz do Sul. Serão 572 quilômetros até o município de Itaqui, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O ponto de partida é o Parque da Oktoberfest no próximo dia 26, às 8 horas. Sob chuva ou sol, a centelha será entregue na manhã do dia 13 de setembro, durante a abertura oficial da Semana Farroupilha.

Na ida, os 21 cavalarianos embarcam em um ônibus. Uma ampla estrutura foi montada para acompanhar a delegação. O comboio é formado por cinco caminhões (um deles transporta a carroça), duas caminhonetes e um automóvel. Uma equipe, composta por mais nove integrantes, prestará apoio. São cozinheiros, técnico em emergência médica e motorista, além de veterinário e dentista para cuidar dos animais. O grupo vai pernoitar nos dias 26 e 27 em Itaqui. O trajeto começa oficialmente em 28 de agosto.

Segundo o coordenador da entidade, Paulo Machado, a cavalgada é uma forma de divulgar a cidade e manter o compromisso com o município, a comissão dos festejos farroupilhas, os CTGs e a Associação Tradicionalista Santa-cruzense (ATS). “São nossas raízes. O pessoal vai com entusiasmo”, destaca. Machado lembra que o percurso nessa edição é mais do que o dobro do percorrido em 2009, quando a chama foi buscada em São Lourenço do Sul. Naquela ocasião, o roteiro chegou a 269 quilômetros.

As bandeiras de Santa Cruz, do Estado, do Brasil e dos Cavaleiros estarão na carroça que conduzirá a chama. Conforme o coordenador, há um cuidado especial para não deixar a centelha se apagar. “Duas ficarão acesas e uma dentro da caixa”, revela. O trajeto prevê paradas, almoços e pousos em estâncias, granjas, fazendas, CTGs e comunidades. “É uma região de muita receptividade. A cavalgada é muito aceita na fronteira”, salienta Machado, acrescentando que alguns locais já estão preparando a acolhida.

SÃO NICOLAU

No total, serão 17 dias de viagem. De acordo com o coordenador, o custo total estimado – incluindo despesas como o aluguel dos caminhões e a alimentação do grupo e dos animais – é de R$ 25 mil. No ano passado, em decorrência da distância ser menor, os gastos somaram cerca de R$ 15 mil. Machado ressalta que, a exemplo da cavalgada anterior, o auxílio financeiro do poder público é fundamental. “Mas também nos mobilizamos para obter patrocínios, fizemos rifa e baile.”

Este será o 16º ano em que os Cavaleiros da Integração se encarregam dessa atividade. Até hoje, a maior distância percorrida havia sido em 2007, quando fizeram 480 quilômetros de São Nicolau das Missões a Santa Cruz. Em 2008, a viagem, pela primeira vez, foi até a região do Vale do Sinos, em São Leopoldo. A cada ano, a chama crioula é sediada em uma cidade gaúcha, para onde partem caravanas com a meta de buscá-la e levá-la até seus municípios de origem.

Roteiro

Itaqui, Massambará, São Francisco de Assis, Jaguari, Quevedos, Silveira Martins, Faxinal do Soturno, Agudo, Paraíso do Sul, Candelária, Vera Cruz e Santa Cruz do Sul.

Sobre a entidade

Os Cavaleiros da Integração contam com 50 sócios. Além de coordenador, Paulo Machado é um dos fundadores. A entidade é filiada ao Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e mantém duas cavalgadas oficiais ao ano: a da busca da chama crioula e a da integração, que abrange a regiões dos vales do Rio Pardo e Taquari. Ontem à tarde, Machado esteve na Gazeta do Sul, acompanhado do secretário Adilson Kaercher, do tesoureiro Celso Assmann e do integrante do conselho fiscal, Clênio Medeiros.

Informações do jornal Gazeta do Sul
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